Após o surgimento de novas especulações na imprensa nacional sobre uma possível reforma ministerial que poderia levar à saída do ministro da Secretaria Geral da Presidência, Márcio Macedo, de sua função, segmentos da imprensa sergipana, influenciados por interesses políticos locais, passaram a manifestar um entusiasmo prematuro em relação a essa possibilidade. O presidente da República, atualmente hospitalizado, ainda não se pronunciou sobre o assunto.

Em entrevista à imprensa nacional, Márcio Macedo sugeriu que sua presença no Palácio do Planalto poderia estar incomodando certos interesses. Ele afirmou que, ao assumir um cargo relevante no governo federal, se deparou com a realidade de ter muitos adversários. Contudo, Macedo negou que tenha havido qualquer conversa com o presidente Lula sobre uma possível reforma ministerial. Destacou que, como seu cargo é de livre nomeação e exoneração, cabe ao presidente discutir mudanças quando achar necessário. 

Macedo também observou uma certa resistência por parte de setores do Sul do Brasil em relação à sua figura política, originária de um pequeno estado nordestino. Em conversa com jornalistas nesta terça-feira, 17, o ministro reafirmou seu orgulho em ser um "sobrevivente" que saiu do Nordeste para ocupar um cargo ministerial. Ele reconheceu que essa trajetória pode gerar desconforto, mas assegurou que não se deixa abalar por disputas políticas.

"Tem gente que quer o seu lugar, tem quem esteja usando isso para desviar a atenção de outros problemas e tem aqueles que buscam desgastar você no processo político. Isso é parte da política. Eu convivo com isso com tranquilidade. Sou um sobrevivente e, com certeza, devo incomodar muitas pessoas, especialmente aqueles que estão na militância política. Eu pensava que não tinha inimigos", afirmou Macedo. Ele também destacou que está disposto a trabalhar onde o presidente quiser, mas deixou claro que não há discussões concretas sobre uma reforma ministerial no momento. 
Mais lamentável que os inimigos externos que se levantam contra um ministro de Sergipe, é vermos uma parte da imprensa sergipana, que influenciada por interesses políticos locais, se recusam a proteger a permanência de uma representação sergipana em um cargo tão relevante como o atualmente ocupado por Márcio Macedo.

Em vez de celebrar a presença de um conterrâneo em uma posição de destaque na República, essa fração da imprensa acaba fortalecendo representantes de outros estados que buscam afirmar a supremacia de suas regiões. É lamentável que alguns colegas de comunicação ainda adotem uma postura de "espírito vira-lata" quando se trata de defender os interesses locais e valorizar a trajetória de políticos sergipanos.